sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Bandeira do Oriente Médio

Aspectos físicos


Ao norte do Oriente Médio encontra-se um conjunto de terras elevadas (montes Elburz, Jaurus, Zagros), as quais são envolvidas por planaltos recentes ( Anatália e Irã).

Ao centro situa-se a planície Mesopotâmia ( crescente fértil), beneficiada por ser atravessada pelos rios Tigres e Eufrates, que nascem no maciço da Armênia e desembocam no Golfo Pérsico, formando estuário dominado Chaott- el- Arab. Ao sul destaca-se um vasto planalto grenoso pedregoso- o deserto da Arábia.

A leste da região domina o planalto arenoso do Irã, como montanhas mais elevadas ao norte (montes Elburz), que se prolonga para leste, através do Maciço Hinducushe do planalto de Pamir, cognominado " O Telhado do Mundo".

Na fronteira entre Israel e Jordânia localiza-se, que está a 394 metros abaixo do nível do mar, recebendo as águas do Rio Jordan.

Mesmo atravessando uma região árida, de poucas chuvas, os rios Tigre e Eufrates não secam, porque suas nascentes encontram-se numa região de muita chuva na Turquia. A água é um recurso natural muito escasso no Oriente Médio. Há previsões de que nesse século haverá muitas guerras e conflitos pela posse da água. Muitos países precisam importá-la ou dessalinizar água do mar para obter água potável. Essas medidas, contudo, são caras.

Quanto ao clima ocorre a variação entre a semi-aridez e o deserto, em função das massas que atingem a região, oriundas do norte da África ( quentes e secas). Na Turquia, geograficamente conhecida como Ásia Menor ( penísula anatólia), o clima é temperado no interior e mediterrâneo no litoral.

Ao longo do litoral mediterrâneo (Israel, Líbano e Síria) destaca-se a vegetação típica desse clima (mediterrâneo).
O quadro vegetal é caracterizado pelo domínio das espécies xerófitas (que vivem em lugares secos) nas áreas áridas e das estepes nas áreas semi-áridas como a Turquia e a planície da Mesopotâmia.

Nas áreas desérticas, as adversidades do meio natural não são marcadas somente pela escassez das chuvas, mais também pelas variações diárias de temperatura, que chegam a oscilar de 50º C durante o dia a 0º C à noite. As concentrações populacionais estabeleceram-se basicamente nos raros oásis (pontos de contato do lençol freático ou águas subterrâneas com a superfície). São exemplos clássicos a cidade de Damasco, na Síria, e a de Riad, na Arábia Saudita.

Aspectos sociais


O Oriente Médio apresenta-se como uma das mais complexas regiões do globo e desempenha, atualmente, um papel estratégico na Ásia.

Possui aproximadamente 240 milhões de habitantes, o que lhe dá, demograficamente, uma condição de mediana populosa. Os países do Oriente Médio de maior população são: Turquia e Irã. Suas respectivas populações somam cerca de 140 milhões de habitantes, percentual que ultrapassa, os 50% de toda a população do Oriente Médio.

Na região do Golfo Pérsico, existem países cuja população é bastante restrita. Se somarmos as populações do Catar, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Omã e o Kuwait, obteremos aproximadamente 8 milhões de habitantes.

A estrutura etária da população do Oriente Médio é composta em sua grande maioria por jovens. De acordo com os dados de 2007, praticamente todos os países dessa região da Ásia possuem uma restrita população idosa. Isso é explicado porque as taxas de natalidade são altas e a expectativa de vida é baixa. Esse aspecto não ocorre em Israel, uma vez que a população idosa acima dos 65 anos representa 10% de todos os habitantes do país.

Assim como a América Latina, grande parte dos países do Oriente Médio possuem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) médio, salvo Israel, que a partir de 2006 passou a integrar o grupo de países de IDH elevado.

A religião predominando no Oriente Médio é o islamismo. Cerca de 70% da população é seguidora dessa religião, porém, são praticadas outras, como o cristianismo e o judaísmo. O cristianismo é praticado sobre tudo na Turquia e no Líbano, e o judaísmo em Israel. O Oriente Médio é berço das três principais religiões monoteísta do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. A última é a religião que mais cresce no planeta.

Aspectos Econômicos




Economicamente, a região desperta grande interesse mundial por sua magnífica reserva petrolífera, que fornece 1/3 do petróleo total consumido do mundo. Essa reserva encontra-se na dobra tectônica que se inicia na Mesopotâmia e se prolonga pelo golfo Pérsico, constituindo-se na mais importante área mundial de produção, exportação e reserva de petróleo.

A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o pastoreio nômade, destacando-se criação de carneiros, cabras e camelos que caracteriza a ocupação humana nas áreas desérticas.

A agricultura desenvolve-se na planície da Mesopotâmia, onde, por meio da técnica de irrigação, se cultivam frutas, arroz, trigo e cana de açúcar, e na região mediterrânea, onde se destacam culturas comerciais como oliveiras, fumo, figo e tâmara.

Nos últimos tempos, a agricultura tem se desenvolvido rapidamente devido a introdução de novos sistemas de irrigação. Um dos mais eficientes só se tornou possível por meio de abastecimento compartilhado de água. Um bom exemplo do êxito dessa iniciativa é o caso de Israel e da Jordânia, que compartilham as águas do rio Jordão.

A pecuária é bem difícil nas áreas desérticas, devido a falta da água e alimento para os animais. A maioria dos criadores é nômade, ou seja, não tem um local fixo onde possa desenvolver suas atividades. Mesmo com tantas dificuldades a criação de ovinos e caprinos é significativa nessa porção do continente.

O artesanato, uma das atividades mais antigas da região, está presente em todo o Oriente Médio. Os tapetes feitos a mão por tecelões experientes são valorizados internacionalmente por sua qualidade e beleza.

O desenvolvimento econômico dos países do Oriente Médio, porém, pode ser verificado pela expansão da indústria e urbanização nas últimas décadas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aspectos Políticos


O Oriente Médio é uma região que se estende do mar Vermelho e do Suez, no Egito, até o Afeganistão. Sua área total é de 6229874 km³. É uma região formada por países de grande extensão territorial, como Arábia Saudita ( 2.240.000 km³) e de países com área bastante reduzida, como Bahrein (678 km²). A posição geográfica dessa parte do continente é muito especial, por ficar na confluência de três continentes - Europa, Ásia e África - com uma grande diversidade étnica que acabou conferindo à região expressiva riqueza cultural, marcada também por profundas diferenças ideológicas e religiosas. É especial também porque os maiores produtores mundiais de petróleo ficam nessa região, principalmente no golfo Pérsico.

O Oriente Médio abrange principalmente países árabes, localizados na península Arábica, na Mesopotâmia e no crescente Fértil. O Oriente Médio abrange, ainda, Israel e dois países mulçumanos que não fazem parte do mundo árabe: Turquia e Irã. O golfo Pérsico, ligado pelo estreito de Ormuz ao mar Arábico, funciona como um "mar interior" e separa a península Arábica do Irã.

Foi em função da sua localização estratégica e do petróleo (sua principal riqueza), o Oriente Médio tornou-se alvo de freqüentes e, muitas vezes, intensos conflitos, sofrendo constantes intervenções estrangeiras.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), os ingleses, interessados em expulsar os turcos do Oriente Médio, fizeram três promessas contraditórias. Para os árabes propuseram que, se eles lutassem contra os turcos, a Inglaterra daria a eles uma "grande nação árabe independente" sob o domínio da família hachemita. Em novembro de 1917, buscando seduzir os judeus para a causa aliada, firmaram a " Declaração de Balfour", onde se lia que Londres veria com bons olhos a criação de um " lar nacional judeu na Palestina" e , em 1912, já haveriam concluído com a França o "acordo secreto" Sykes- Picotes", pelo qual Londres e Paris dividiriam o Oriente Médio.

Foi somente ao final da Segunda Guerra Mundial que se consolidou o processo de independência dos países árabes no Oriente Médio. Porém, esse processo não significou o fim dos conflitos. Com o fim da Segunda Guerra eles continuaram a ocorrer, devido principalmente a formação do estado de Israel, aos fortes interesses das grandes potencias pela região(inclusive durante o período da Guerra Fria) e as dispultas internas pelo poder, que contribuiram para a deposição de governantes e alterações em regimes de governo.